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Filhote de 18 mil anos, perfeitamente preservado, é achado congelado na Sibéria

Um corpo perfeitamente preservado encontrado no gelo do “permafrost” (solo congelado) perto do rio Indigirka, no nordeste da cidade mais fria do mundo, Yakutsk, na Sibéria (Rússia), pode ser o cão mais antigo já confirmado. O filhote de 18 mil anos apelidado de Dogor – um trocadilho com “cachorro ou lobo” que também pode ser entendido como “amigo” – foi encontrado no verão de 2018 e tem sido estudado desde então por Love Dalén e Dave Stanton, ambos de 34 anos.

Foto: Reprodução/The Siberian Time

Se for um cachorro, ajudará os pesquisadores a aprender mais sobre quando os lobos foram domesticados. Imagens impressionantes mostram o quanto o animal parece recente: coberto de pelos, caixa torácica exposta, olhos intactos e uma arcada dentária totalmente preservada.

“Se você pensar bem, este era um animal que vivia com leões e mamutes e rinocerontes de lã. Então é bem legal. Estava incrivelmente bem preservado mesmo antes de limparem”, comemorou Love Dalén.

Foto: Reprodução/The Siberian Time
Foto: Reprodução/The Siberian Time
Foto: Reprodução/The Siberian Time

Estudos na Sibéria e Suécia
A idade, da Era do Gelo, foi revelada após a datação do radiocarbono, método científico que determina a idade de materiais carbonáceos até cerca de 60 mil anos. “Se for um cachorro, eu diria que é o primeiro cão confirmado”, explicou Dave Stanton ao The Mirror.

O pesquisador revelou que filhote foi encontrado em um túnel escavado no permafrost. Ele estava em uma parte remota do nordeste da Sibéria a algumas horas da cidade mais próxima Belaya Gora e permanece na Rússia. Love e Dave estudam um osso da costela dele, na Suécia.

A ciência supõe que os cães foram domesticados a partir de uma linhagem de lobos extinta. Por isso é um problema difícil trabalhar para entender onde e quando os cães foram domesticados.

“Se você deseja encontrar a resposta, precisa analisar amostras antigas, porque a população da qual foram domesticadas não parece mais estar presente. São espécimes como esse que podem ajudar a esclarecer isso”, afirmou Sergey Fedorov, que tirou as incríveis fotografias do filhote, e trabalha no espécime na Rússia.

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