Que amor!O garoto Thiago, 9, desenha à mão retratos de pessoas e alguns até de famosos que vê na TV para vender e ajudar o irmão gêmeo, Arthur que é autista.
Thiago tem muitos planos para realizar com o dinheiro de suas vendas. Afirma que com o que arrecadar quer ajudar além do seu irmão autista, a sua mãe a construir uma casa nova e também a sua avó consertar os dentes.
Quando tinha oito meses de idade, o irmão de Thiago sofreu um problema respiratório e passou cinco meses internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) sem que a equipe médica conseguisse descobrir o que ele tinha.
“Ele ficou durante 5 meses internado direto no CTI tomando muita medicação, inclusive medicação errada, porque eles não conseguiam descobrir o que ele tinha. Após um mês de internação, ele foi fazer uma tomografia e descobriu a causa: uma veia que nasceu no lugar errado, uma má-formação”, conta a mãe, Camila Nascimento, que é cuidadora de idosos.
Com o diagnóstico, Arthur foi submetido a duas cirurgias, passando outros tantos meses entubado.
Aos cinco anos, constatou-se o transtorno do espectro autista (TEA) no garoto. Hoje, aos 9 anos, ele ainda usa fraldas, mamadeira e bico, tendo uma dieta alimentar bastante restrita.
Observando as dificuldades do irmão – e da família –, Thiago decidiu ajudar vendendo seus desenhos. “Não é muito, mas é de coração”.
Camila foi abandonada pelo pai dos seus filhos quando ainda estava grávida. Hoje ela vive com a mãe, o namorado e uma outra filha em uma casa em Santa Luzia (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Atualmente, ela é a única fonte de renda da família. “Eu tomo conta de uma idosa, então às vezes eu dobro muito serviço, às vezes eu viajo para ter um dinheirinho a mais para pagar o aluguel, pagar o escolar deles e, principalmente, a alimentação do Arthur. A alimentação dele é bem restrita e é muito cara”.
A avó dos gêmeos tenta ajudar vendendo salgados para complementar a renda da família. Camila conta que não dispõe da pensão dos filhos porque o pai desapareceu.
“Eu queria encontrar o pai dos meninos para dar uma força, porque é muito difícil para mim e minha filha comprar as coisas para os meninos”, afirma.